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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Considerações finais

LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. Qualidade de Vida no Trabalho-QVT. São Paulo, Editora Atlas S.A. - 2008.

Resenha dos Capítulos 4 e 5, das páginas 144 a 186.
Ana Cristina chega ao fim de suas conclusões sobre o tema QVT. Como já expusemos, o objetivo principal do livro é o de formular fundamentos para justificar a necessidade da criação de uma Nova Competência em Gestão, a QVT. Depois de expor os conceitos e práticas e discutir os resultados dos estudos realizados, Ana apresenta-nos as conclusões.
A diversidade cultural do ambiente nas empresas aponta obstáculos e oportunidades para as práticas e os valores de QVT, destacando-se o poder de inclusão de grupos socioocupacionais na vida organizacional por meio de ações e programas, o que potencializa a disciplina como elemento estratégico.
O rico e diversificado ambiente empresarial advindo das fusões e incorporações traz desafios competitivos e grande turbulência na vida das diferentes categorias profissionais, potencializando ansiedades, medo e stress. Nesse ambiente, as práticas e valores de QVT encontram campo fértil para sua difusão.
A inovação tecnológica traz grandes impactos socioocupacionais, principalmente com a informatização de processos. “Tecnologia e QVT caminham juntas”, como concluído nos debates.
O aparato jurídico é um grande aliado da QVT quando se constitui na salvaguarda de direitos e deveres, ordenando os aspectos essenciais de ações e programas, práticas e valores, particularmente na área trabalhista. Há muito que se aperfeiçoar neste tema, reduzindo a visão paternalista, o que pressupõe maior participação de especialistas jurídicos nas questões de QVT.
Adequar programas organizacionais modernos, como a produção enxuta e flexível, a prática e valores de QVT, reduzindo incertezas e vencendo as contradições das fortes dinâmicas interna e externa da empresa, assim como melhor integrar as pessoas por meio de informações e aprendizagem, aumentando o espírito cooperativo e a identidade empregado-empresa, são objetivos típicos de QVT para a área organizacional de empresas-cidadãs.
O aumento da produtividade e o tempo livre trazem consigo o ócio criativo, o qual pode ser potencializado por meio da QVT, evitando incertezas e perda de referências no trabalho.
A associação entre QVT e produtividade é aceita pela grande maioria dos administradores, mas ainda carece de maiores informações sobre o perfil dessa nova competência.
Um grupo reduzido de administradores ainda não percebe o valor da QVT para a melhoria das condições de trabalho, em parte por não conhecer o verdadeiro significado e o alcance do conceito.
O perfil do administrador melhor identificado entre todos os envolvidos nas pesquisas é o sustentado por professores e alunos, que tem uma visão de que os empregadores são os principais responsáveis pela implementação de programas de QVT e pela adoção de modelos gerenciais para tal fim.
Em palavras bem simples, o que mais reforça o potencial de crescimento das práticas de QVT é sua aceitação como um grupo de atividades primárias ou essenciais para a atuação da maioria dos profissionais de administração. Pensar exclusivamente nestas palavras, significa, pelo que pudemos entender com a leitura deste livro, que para a implementação de programas de QVT não é preciso estudos profundos e complexas teorias. Precisamos sim de técnicas simples, de preocupações com o próximo que, a princípio, poderia nem levar em consideração que ele faz parte de sua empresa. É simplesmente saber que o seu próximo é um ser humano frágil por possuir necessidades básicas e essenciais como você. A preocupação com a “pessoa” vem antes de qualquer coisa. E partindo disso o programa pode ser aperfeiçoado. Pudemos ver que ainda existe muito que se fazer para que a preocupação com o programa de QVT seja geral. Mas conhecendo-se as dificuldades, que foi o que Ana fez através de suas pesquisas de campo, é mais fácil saber, pelo menos, por onde começar.
Mario Cesar Barreto Moraes, professor e membro da Comissão de Especialistas do ensino superior em Administração do MEC, afirmou que “não é pintando a sala que se faz QVT, é integrando o conjunto de fatores de um ambiente de trabalho. É sentir-se livre para participar, motivar-se no que faz. QVT é o elo da administração para alcançar a motivação”.

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